adorei o site enao sabia que no ipu tinha uma livraria com tantas opcoes assim, queria saber se ela e proxima do centro...pois estudo no patronato e tenho pedidos a fazer...
A Livraria Companhia do Livro fica na rua Padre Mororó, 356, centro, em frente à loteria. Nossos preços são variados, na faixa de R$ 1,00 a R$ 90,00. Tudo depende da obra. Visitem-nos sem compromisso. Visitar uma livraria é chique e comprova interesse pelo saber.
Por Braulio Tavares – Jornal da Paraíba - 08 04 10
Que língua interessante é o português. Interessante e complicada – para quem vem de fora. Lembro de uma história ocorrida no antigo Campus II da UFPB, hoje UFCG, em Bodocongó. Um professor holandês, chegado a Campina há menos de um ano, teve um problema familiar grave e precisava licenciar-se com urgência para ir à Holanda. Foi falar com o reitor, explicou os motivos e pediu uma licença de três semanas. “Pois não,” disse o reitor, comovido com o drama dele. O homem ficou aflito: “Mas é um assunto muito sério! Eu preciso mesmo ir!” “O reitor repetiu: “Pois não”. O homem quase chora: “Mas por que o senhor me nega esse direito?!...” Claro que ele viajou, só não sei é se resolveu o problema.
Uma das melhores coisas do português é a fervilhância de novidades linguísticas que encontramos na rua, pelo simples fato de que as pessoas, quando precisam dizer alguma coisa e não encontram a palavra certa (ou melhor, a palavra que nos ocorreria se fôssemos nós a querer dizer aquilo), inventam na hora uma maneira própria de dizer. Recentemente um camelô, na Rua da Uruguaiana, vendia DVDs piratas do filme “Avatar”, anunciando aos quatro ventos: “Avatar em trimensão!” Ele se referia, claro, ao fato de que o filme era em 3-D, ou em terceira dimensão. O camelô (ou a pessoa que passou essa palavra para ele) percebeu intuitivamente que existe um precedente linguístico para transformar uma palavra com o prefixo “di” (significando dois) em outra com o prefixo “tri” (significando três), como em “difásico / trifásico”, por exemplo.
A criação desses neologismos é um processo de evolução natural da língua, e acho engraçado como o tempo todo aparece gente dizendo que essas pessoas estão “falando errado”. Pergunto a razão e me respondem: “Porque essa palavra não existe, não tem no dicionário, eles falam assim porque são ignorantes”. Existe nas pessoas medianamente cultas a fantasia de que o Dicionário e a Gramática são uma espécie de Código Penal do idioma, dizendo o que é permitido e o que é proibido fazer. Não são. Dicionários e gramáticas são elaborados “a posteriori”: o povo (incluindo desde os camelôs até João Guimarães Rosa) inventa as palavras e as maneiras de falar, e quando algumas dessas maneiras se cristalizam e se impõem, os dicionaristas e gramáticos, diligentemente, registram, carimbam e aprovam. Nada mais.
Cabe aos dicionaristas e gramáticos um papel parecido com o de um maestro numa orquestra – evitar as dissonâncias, estimular a harmonia, preservar a fidelidade à fonte, por exemplo. A língua portuguesa tem seus próprios mecanismos de criação de palavras, de articulação de frases, de conjugação de verbos, de uso de conjunções e preposições. Esses mecanismos são dela e lhe dão personalidade, sabor, fisionomia própria. Quando um camelô, intuitivamente, percebe esses princípios e os aplica, mostra que conhece a língua melhor do que seus críticos.
Todo aquele que escreve O mais puro sentimento, De seu coração sempre verve, A escrita com encantamento.
Da alma vem a sua alegria Que externa com emoção. Seja na prosa ou na poesia, Fala a voz do coração.
Exulta o belo ou o triste, Canta a glória ou a dor, Pois para ele só existe Escrever tudo com ardor.
Neste dia consagrado Ao inspirado escritor, Deixo o meu abraço apertado, E os parabéns com amor.
Caucaia, 25/07/2010 -via blog do jpMourão
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paLAVRAS preciosas Lugar de onde se extrai o ouro semântico
Por Airton Soares
Nós, escritores, hackers do inconsciente coletivo; caçadores de novos significantes e significados, temos necessidade e compromisso (conosco e com a sociedade) de penetrar visceralmente nas palavras para extrair, reinventar néctares semânticos. E quanto mais familiaridade com os apetrechos lingüísticos (gramática,estilística e assemelhados) maior a probabilidade de sorver o encanto e o sortilégio das palavras.
O Professor M. Murry retrata muito bem esta situação quando diz que “o escritor está perpetuamente procurando forçar a linguagem a carregar mais do que devia, incessantemente exercendo uma espécie de delicada violência sobre a linguagem”.
E o exercício dessa “delicada violência”, caminho nem sempre adocicado, é estar “conectado” permanentemente com as formas lingüísticas e estudar a expressividade delas, isto é, a sua capacidade de transfundir emoção e sugestionar os nossos semelhantes.
Murry diz ainda que o “motivo real para o escritor assim proceder é o seu desejo, seu intuito de aprimorar ao máximo seu contexto. É como se estivesse numa guerra, mas a vitória se ele a consegue é também a vitória da linguagem que se vê assim enriquecida e embelezada”.
O escritor é um garimpeiro incansável de palavras preciosas (belas adormecidas!), é estúdio ambulante, é incansável chargista vocabular de plantão de suas emoções, é esponja sensível que absorve o que vê e o que não se vê. Por tudo isso, podemos afirmar:
Escravo das emoções Papel, palavra, leitor Testemunhar o seu tempo, Eis a função do escritor.
Segunda, 26 de julho Dia das avós e dos avôs - Brasil e Portugal
MINHA AVÓ, QUE JÁ É MORTA, QUERIA TUDO PERFEITO, ATÉ FAZENDO TORTA FAZIA TORTA DIREITO........ Li por Aí = = = = = Saiba mais em http://airton-soares.blogspot.com
adorei o site enao sabia que no ipu tinha uma livraria com tantas opcoes assim, queria saber se ela e proxima do centro...pois estudo no patronato e tenho pedidos a fazer...
ResponderExcluirFabiana.
neste site constatei que os leitores da cidade podem agora se deliciar com ótimas obras e ficarem mais inforados sobre novas culturas...
ResponderExcluirqual a faixa de preço dos seus livros?
obrigado,
Jamerson Paiva.
A Livraria Companhia do Livro fica na rua Padre Mororó, 356, centro, em frente à loteria. Nossos preços são variados, na faixa de R$ 1,00 a R$ 90,00. Tudo depende da obra. Visitem-nos sem compromisso.
ResponderExcluirVisitar uma livraria é chique e comprova interesse pelo saber.
O PORTUGUÊS DO POVO
ResponderExcluirPor Braulio Tavares – Jornal da Paraíba - 08 04 10
Que língua interessante é o português. Interessante e complicada – para quem vem de fora. Lembro de uma história ocorrida no antigo Campus II da UFPB, hoje UFCG, em Bodocongó. Um professor holandês, chegado a Campina há menos de um ano, teve um problema familiar grave e precisava licenciar-se com urgência para ir à Holanda. Foi falar com o reitor, explicou os motivos e pediu uma licença de três semanas. “Pois não,” disse o reitor, comovido com o drama dele. O homem ficou aflito: “Mas é um assunto muito sério! Eu preciso mesmo ir!” “O reitor repetiu: “Pois não”. O homem quase chora: “Mas por que o senhor me nega esse direito?!...” Claro que ele viajou, só não sei é se resolveu o problema.
Uma das melhores coisas do português é a fervilhância de novidades linguísticas que encontramos na rua, pelo simples fato de que as pessoas, quando precisam dizer alguma coisa e não encontram a palavra certa (ou melhor, a palavra que nos ocorreria se fôssemos nós a querer dizer aquilo), inventam na hora uma maneira própria de dizer. Recentemente um camelô, na Rua da Uruguaiana, vendia DVDs piratas do filme “Avatar”, anunciando aos quatro ventos: “Avatar em trimensão!” Ele se referia, claro, ao fato de que o filme era em 3-D, ou em terceira dimensão. O camelô (ou a pessoa que passou essa palavra para ele) percebeu intuitivamente que existe um precedente linguístico para transformar uma palavra com o prefixo “di” (significando dois) em outra com o prefixo “tri” (significando três), como em “difásico / trifásico”, por exemplo.
A criação desses neologismos é um processo de evolução natural da língua, e acho engraçado como o tempo todo aparece gente dizendo que essas pessoas estão “falando errado”. Pergunto a razão e me respondem: “Porque essa palavra não existe, não tem no dicionário, eles falam assim porque são ignorantes”. Existe nas pessoas medianamente cultas a fantasia de que o Dicionário e a Gramática são uma espécie de Código Penal do idioma, dizendo o que é permitido e o que é proibido fazer. Não são. Dicionários e gramáticas são elaborados “a posteriori”: o povo (incluindo desde os camelôs até João Guimarães Rosa) inventa as palavras e as maneiras de falar, e quando algumas dessas maneiras se cristalizam e se impõem, os dicionaristas e gramáticos, diligentemente, registram, carimbam e aprovam. Nada mais.
Cabe aos dicionaristas e gramáticos um papel parecido com o de um maestro numa orquestra – evitar as dissonâncias, estimular a harmonia, preservar a fidelidade à fonte, por exemplo. A língua portuguesa tem seus próprios mecanismos de criação de palavras, de articulação de frases, de conjugação de verbos, de uso de conjunções e preposições. Esses mecanismos são dela e lhe dão personalidade, sabor, fisionomia própria. Quando um camelô, intuitivamente, percebe esses princípios e os aplica, mostra que conhece a língua melhor do que seus críticos.
DIA DO ESCRITOR - 25 DE JULHO
ResponderExcluirPARA O ESCRITOR
Por Malu Mourão
Todo aquele que escreve
O mais puro sentimento,
De seu coração sempre verve,
A escrita com encantamento.
Da alma vem a sua alegria
Que externa com emoção.
Seja na prosa ou na poesia,
Fala a voz do coração.
Exulta o belo ou o triste,
Canta a glória ou a dor,
Pois para ele só existe
Escrever tudo com ardor.
Neste dia consagrado
Ao inspirado escritor,
Deixo o meu abraço apertado,
E os parabéns com amor.
Caucaia, 25/07/2010 -via blog do jpMourão
- - - // - - - -
paLAVRAS preciosas
Lugar de onde se extrai o ouro semântico
Por Airton Soares
Nós, escritores, hackers do inconsciente coletivo; caçadores de novos significantes e significados, temos necessidade e compromisso (conosco e com a sociedade) de penetrar visceralmente nas palavras para extrair, reinventar néctares semânticos. E quanto mais familiaridade com os apetrechos lingüísticos (gramática,estilística e assemelhados) maior a probabilidade de sorver o encanto e o sortilégio das palavras.
O Professor M. Murry retrata muito bem esta situação quando diz que “o escritor está perpetuamente procurando forçar a linguagem a carregar mais do que devia, incessantemente exercendo uma espécie de delicada violência sobre a linguagem”.
E o exercício dessa “delicada violência”, caminho nem sempre adocicado, é estar “conectado” permanentemente com as formas lingüísticas e estudar a expressividade delas, isto é, a sua capacidade de transfundir emoção e sugestionar os nossos semelhantes.
Murry diz ainda que o “motivo real para o escritor assim proceder é o seu desejo, seu intuito de aprimorar ao máximo seu contexto. É como se estivesse numa guerra, mas a vitória se ele a consegue é também a vitória da linguagem que se vê assim enriquecida e embelezada”.
O escritor é um garimpeiro incansável de palavras preciosas (belas adormecidas!), é estúdio ambulante, é incansável chargista vocabular de plantão de suas emoções, é esponja sensível que absorve o que vê e o que não se vê. Por tudo isso, podemos afirmar:
Escravo das emoções
Papel, palavra, leitor
Testemunhar o seu tempo,
Eis a função do escritor.
Segunda, 26 de julho
ResponderExcluirDia das avós e dos avôs - Brasil e Portugal
MINHA AVÓ, QUE JÁ É MORTA,
QUERIA TUDO PERFEITO,
ATÉ FAZENDO TORTA
FAZIA TORTA DIREITO........ Li por Aí
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Saiba mais em
http://airton-soares.blogspot.com